Páginas

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O preço da roupa



Bom, se você não esteve incomunicável na Lua nos últimos anos sabe que o bicho ta pegando e sustentabilidade é no novo progresso. O consumismo ta tão louco e massificado que ta virando soooo last season. Comprar é bom e todo mundo quer, mas num mundo onde tudo é reproduzível e chega a qualquer preço nas gôndolas e araras, uma galera ta parando pra pensar “o que mais eu to levando junto com essa peça? Da onde veio? Quanto realmente vale?...”.
Pra quem não sabe, moda nunca foi sinônimo de futilidade – é bem verdade que é muito usada como instrumento de, mas não é – e seguindo o samba politicamente correto dos anos 00 a BBC britânica lança uma série de TV engajada em mostrar o preço do fast fashion.


Ta lá no site da BBC
Na série “Blood, Sweat and T-Shirts” (Sangue, Suor e Camisetas), seis jovens ingleses, com idades entre 20 e 24 anos, costuraram roupas em fábricas indianas, trabalhando longas horas e dormindo no chão ao lado de suas máquinas de costura.

Entre os participantes estão Georgina, de 20 anos, que não vê problema em usar uma roupa apenas uma vez e jogar a peça fora; e Tara, de 21 anos, que quer ser estilista e precisou colocar suas habilidades à prova para tentar cumprir a meta de costurar duas peças por minuto imposta pela empresa indiana.

A idéia da série é avaliar como esses jovens mudam sua atitude para com a moda barata produzida em condições duvidosas em países como a Índia, Bangladesh e China e vendida em lojas britânicas.

- uhhhh, to loco pra ver.

REVISTA Thread

Outra coisa bem bacana é a THREAD, revista online pra o público de 16 a 30 anos trazendo informações ligadas a esse contexto todo.
Mas o bom mesmo é que não tem nenhuma cara de eco-something. A revista é bem bonita, a navegação do site é ótima! Cheio de efeitos e tal mas sem perder praticidade e rapidez no acesso.



Editorial da revista.


Eu acho que aí ta o grande lance!
Todo ano são investidos bilhões de dólares em publicidade inscitando o consumo idiota, marcas se estabelecem como dogmas incontestáveis. Se também for investido super na criação de uma consciência nas pessoas, mostrando que é sim possível ter moda e com qualidade de uma forma mais justa, esses resultados vão aparecer numa mudança de atitude dos consumidores e conseqüentemente as grandes marcas seriam abrigadas a entrar na dança.
Agora eu pergunto, há quem interessa esse investimento?